segunda-feira, 12 de março de 2012

|Stairway to Heaven|


Hoje pus meu coração à prova. Sem radicalismos nem loucuras, por favor, que aqui nos referimos a alguém sensato o bastante pra não fazer (muitas) besteiras. Apenas ouvi uma música. Coisa aparentemente banal, não? Mas aí é que você se engana, incauto leitor.

Não se trata de música qualquer. A música em questão sempre teve grande importância em meu passado quase recente. Era icônica e quase impossível de dissociar de certa pessoa que não cabe mencionar no texto. Digamos apenas que ela foi marco de um grande acontecimento e que pensei que jamais conseguiria escutá-la novamente sem cair em prantos.

Decidi, por essa mesma razão, entre outras relacionadas ao meu presente e futuro - e não, não as mencionarei, leitor curioso. Adivinhe, teça conjecturas se assim preferir - realizar o feito: Escutarei a música e analisarei cuidadosamente o que se passar comigo. Foi com  rigor científico que pressionei o "play" no meu media player. Era minha própria cobaia e o resultado dos testes decidiriam se minhas teorias se comprovavam ou não.

Se me emocionei ao ouvi-la? Claro que sim! É uma belíssima música e somente uma pessoa sem coração - ou sem qualquer gosto musical - não apreciaria algo tão rico. Mas algumas de minhas lágrimas também eram de alívio. Alívio? Sim, alívio. Alívio porque nenhum sentimento negativo me invadiu. Nem raiva, nem rancor, nem mesmo desespero. Apenas gratidão e uma tristezinha de leve, que sequer chegava a macular a gratidão e o carinho. Compreende, caro leitor? Percebe a grandiosidade que meu pequeno teste conseguiu captar?

Meu coração está livre. Minha razão já havia me dito isso, porém precisava saber se o corpo todo tinha noção do que era ali constatado. Nada de ruim ficou em mim - exceto o ego ainda arranhado, mas isso se cura rápido - e posso seguir em frente sabendo que desejo o melhor àquele que me acompanhou em boa parte da jornada até o início da vida adulta.

E agora sigo mais feliz do que antes, sem medo de ser quem sou e de viver o que tenho de viver. O futuro me aguarda de braços abertos e repleto de novas melodias.

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