domingo, 15 de janeiro de 2012

|Separate Ways|

O que dizer?

Palavras ditas a esmo não serão capazes de explicar o que aconteceu. Elas não captarão as sutilezas, as pequenas fissuras que levaram o prédio a desabar.






Acabou.




É isso.







Cá estou eu, de volta ao lugar que me encontrava no começo de 2010. Meu mundo perdeu temporariamente as cores, só o cinza envolve meu despedaçado coração. Há, entretanto, uma diferença crucial entre o que se passou naquela época tão sombria e o que ocorre agora, enquanto você, caro leitor, passa preguiçosamente os olhos por esse post:







Eu mudei.








Não sou mais a mesma menininha que era quando meu coração se partiu pela primeira vez por causa dele. Minha vida mudou, meus pensamentos mudaram, amadureci e me fortaleci ao longo desses anos, logo, quando tudo desabou eu já estava de sobreaviso. A verdade é que nunca estamos prontos para o fim. Tentamos nos preparar para a tempestade que inevitavelmente virá, mas jamais temos a total dimensão da sua força devastadora.

Estou viva, embora aos pedaços. Meus olhos verteram menos lágrimas do que supus que verteriam e meus ferimentos são profundos, entretanto a sensação de que seguirei em frente é igualmente grande, portanto traz alguma esperança.

No presente momento meu pobre coração está na UTI, em processo de recuperação, mas já apresenta francos sinais de uma melhora futura e sem grandes sobressaltos. O tempo se encarregará de aliviar os cortes e amainar os estragos causados pelo mau tempo. As lembranças doces, essas sim sobreviverão.

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