quarta-feira, 12 de setembro de 2012

|Não-Manifesto|

Nada tenho com a inventividade.

Nada tenho, pois não almejo o inusitado. Quero escrever por escrever, não tenho a pretensão de chocar, romper, fazer vanguarda a qualquer movimento artístico da primeira metade do século XXI.

Quero o poder de me valer das palavras sem pedir licença; sem apelar para o falso libertarismo, muito menos flertar com o que é sucesso e gera lucros extorquindo tolos. Desejo a tinta livre das amarras sociais, políticas, contemporâneas. Tenho o único compromisso de dizer o que é verossímil e individual.

Críticos, julgadores, moralistas, descolados e caretas, deixem-me em paz! Leiam minhas palavras, ponderem sobre elas se assim desejarem, mas esqueçam da pessoa por trás das linhas. Nada tenho a oferecer: no momento que escrevo não sou um indivíduo, sou múltiplos universos compostos por palavras e imagens e sons. É tudo. Não há significados ocultos em minhas palavras; elas dizem o que há pra ser dito, basta escutá-las com atenção.


[Escrito dia 20/06/2012]

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