segunda-feira, 21 de novembro de 2011

|Unknown|



Estou numa perturbação tal que as palavras mal saem.

Perturbação existencial como poucas, questiono tudo que há para ser questionado. Meus valores, meus amores, minha aparência, meros exemplos da imensidão que passa por minhas cuidadosas críticas.

Reviro os cantos mais secretos, levanto memórias e sensações adormecidas, busco desesperadamente algo que não sei definir, mas que está aqui, fazendo meu coração bater como bomba-relógio.

Sublime agonia!

O desconhecido me amedronta e excita num momento em que tudo que conheço perde o sentido primordial e me desestabiliza. Afogo-me em mim mesma, na minha própria intensidade diante de tudo que me afeta. Perco-me no labirinto de minha mente e tento em vão me escorar nas paredes nebulosas, para não cair.

Há tantas perguntas! Palácios compostos apenas por elas, enquanto o poço das respostas permanece vazio por tempo indeterminado. Tudo em meu ser clama pelos doces ventos do discernimento.

Por hora há só a estranha angústia de ser...

2 comentários:

  1. Escrito ali perto do cafil está: "CADA UM SABE A DOR E A DELÍCIA DE SER O QUE É". Não se preocupe... a anúgustia é apenas uma gravidez, uma gestação gerada por um estupro da vida, por um perfume que o vento trás... cuidado... cuidado...as navalhas reluzem ao sol, mas também são cortantes...e a cor que importa é o vermelho...

    =) Mó verborréia... eu meio que atuo no comentário do blog alheio =P

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  2. Angústias, perguntas, incertezas, ... O desconhecido nos move; a curiosidade de saber nos move. Se soubéssemos tudo, nada teríamos o que fazer aqui. Creio que é isso o que nos mantêm vivos: a paixão pelo saber; pelo descobrir; pelo aprender. Sendo que o conhecimento do universo é infinito, digo então que temos motivos suficientes para continuarmos em frente. ;D

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