segunda-feira, 24 de junho de 2013

|Pulsares Breves|


O desejo do verso
fere
perfura
sufoca
está dentro
não sai
travado no peito
pulsando
matando aos poucos
a razão cotidiana.



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Amores breves
 
amores quentes
amores leves
repentes.


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A poesia me escapa entre os dedos
 
escorrega em mim
senhora suprema de seus atos
não me permite tê-la
apenas senti-la
nos poros
na respiração
na vida
tão fundo em mim
que não a alcanço.


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Dentro de mim
 
a vontade de cantar
de dançar
de musicar a vida
com minha dissonância.

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O calor dos abraços
o perfume e as cinzas
nas peças espalhadas
Aconchegos concentrados
em simples gestos
dedos entrelaçados

Cumplicidade acidental
reconhecida intensidade
O vinho
a euforia
o olhar
o olhar...

Embeber o corpo
em frenesi
Sabor de risadas
de luar.



Escrito por: C. Alferes


de 30 de abril a 27 de maio de 2013.

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