domingo, 14 de fevereiro de 2010

|Waiting|

Esperava.

A ansiedade presente como algo físico; o relógio a movimentar os ponteiros sem pressa alguma.

Qualquer ruído já era suficiente para seu coração disparar.

"É o telefone. Tem que ser."

Até perceber que era apenas a campainha da casa da frente e seu estado de ânimo afundar novamente na agonia da espera.

O que esperava, afinal?

Não havia promessas, sequer um "Eu te ligo".

Palavras, somente.

Palavras e um prazo.

Que chegara ao fim (ou quase).

Mas ainda assim esperava.

Ainda assim acreditava.

Precisava acreditar.

Como o último fôlego antes do mergulho.

[Por: Camila Alferes]

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