A ansiedade presente como algo físico; o relógio a movimentar os ponteiros sem pressa alguma.
Qualquer ruído já era suficiente para seu coração disparar.
"É o telefone. Tem que ser."
Até perceber que era apenas a campainha da casa da frente e seu estado de ânimo afundar novamente na agonia da espera.
O que esperava, afinal?
Não havia promessas, sequer um "Eu te ligo".
Palavras, somente.
Palavras e um prazo.
Que chegara ao fim (ou quase).
Mas ainda assim esperava.
Ainda assim acreditava.
Precisava acreditar.
Como o último fôlego antes do mergulho.
[Por: Camila Alferes]
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