segunda-feira, 7 de junho de 2010

|Coisas antigas que escrevi - Oitava Parte|


"Dança dos Anjos"


Um anjo de luz. Cabelos da cor do ouro, face transbordante de bondade, olhos inocentes, amedrontados ante a visão de algum humano. Criatura graciosa, de riso celestial, sempre disposta a auxiliar quem precisa e a amparar os desafortunados. Suas alvas asas encantam e acalentam a todos. Ser repleto de luz. Branco. Imaculado. Necessita de braços fortes que o amparem e de um sorriso gentil para acalentá-lo diante da decadência humana.

Um anjo negro. Cabelos chamejantes, asas da cor do ébano e olhos brilhantes, perspicazes, expressivos como os de uma criança. Tudo pode ser lido em seu olhar. Criatura contraditória. Sedutora. Frágil. Forte. Insegura. Inconstante. Um enigma. Sua transparência é o seu mistério. Um ser capaz de de despertar a face mais oculta da humanidade. Face a qual todos renegam e escondem; o que há por trás da moral e dos bons costumes.


[Por: Camila Alferes. 13/09/2007. 14hs]

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